Um passo a frente sempre!

Como eu disse antes, não me recordo antes mas reescrevo: existe "algo mais" por aí. Não sei o que é, como  conseguir e o tempo. E com esse mesmo tempo, conseguiremos o que precisamos ou o que queremos. 

O evento foi excelente, fui para brincar mesmo porque estava precisando; as aulas de meditação ajudaram no controle de alguns processos de pensamentos que não haviam necessidade de tê-los e no final não errei um obstáculo e peguei em sexto colocado.

Descobri que tinha "travas mentais" que atrapalham o meu desempenho e nem sempre eram pensamentos ruins . A autocobrança excessiva era um problema sério. Chegou a ser fanatismo por alguns momentos. Foi e será controlado sempre. Em muitos momentos percebi que pessoas comuns não se importavam com o que eu fazia e o efeito era continuar se desafiando na tentativa de reverter esta sensação. Ao mesmo tempo que nos treinos de longa distância onde ninguém me vê me sentia mais feliz e sem vontade alguma de parar, independente da temperatura ou terreno que fosse. Algo estava incoerente e após ser esclarecido que na meditação estas travas e empecilhos estavam piores do que imaginei tive que para-los. 

O treinamento militar excessivo e fanático poderia provocar em problemas renais e neurais por causa da baixa hidratação e corrida em temperatura elevada. A falta de alongamento por muito tempo provocou encurtamento muscular em cadeias musculares fazendo com que eu diminua desempenho no quesito "amplitude" de movimentação e aumente tempo percorrido EM PROVAS. O sentimento que beirou o fanatismo dentro do esporte e todo o contexto que me envolvo ou que pessoas me envolvem fez com que com mais pódios tivesse mais chances de qualquer coisa eu teria. Após o Spartan no ano passado e no Rio este ano isso não ocorreu e mesmo conduzindo a Tocha Olímpica outras promessas não se concluíram. 

Por isso a decisão de brincar no evento, proposta pelo Gabriel, meu professor de meditação, foi excelente. Não havia e não há necessidade, até o momento, de se cobrar por atitudes cada vez mais exageradas. A mente por um tempo me enganou e o corpo estava tendo efeitos negativos. Se eu fui esclarecido que eu já era forte e não sabia num encontro com a professora Marynês em 2015  porquê eu seria convencido do contrário?

Também passo essa advertência ao leitor: já sou vencedor com pódio ou não. Mas quem não enxerga isso atribuo ao fato de não ser adepto ao esporte ou ao racismo escancarado mesmo, já que eu sofri muito por causa disso por anos. A você pode ocorrer o mesmo. Não sei a quem está dando ouvidos mas escolha seus conselhos e de quem os passa. Medite. Livre-se desses pensamentos ruins. Até Jesus orientou algo parecido (Mateus 6:22). E vai ver a postura dos praticantes de corrida de rua seja igual a de Jesus quando esteve aqui: ajudando a todo mundo e recebendo críticas e ataques de uma parcela de pessoas que em nada agregam. 

Sejam fortes onde estiverem. Vão precisar. Mas não se cobre demais. Ninguém disse que cobranças demais melhoram em tudo. E se isso é um erro, pra quê cometê-los novamente? 

O mundo precisa de uma classe muito melhor de pessoas. 

Agradecimentos aos patrocinadores apoiadores e amigos SPARTANCAST.