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Rodas de Conversa 

 

 

Vejo que existem aqueles que escolheram a corrida de rua como qualidade de vida. Outros porque viram na TV uma multidão acordando cedo e às vezes se deslocando para cidades desconhecidas para realizar um sonho de estar lá também. Outros porque ficaram cientes dos benefícios de que correr trás saúde e felicidade e aqueles que só começaram a correr porque alguém do lado o incentivou: ou seja, um amigo(a).

 

No clube onde faço meu estágio, analisei vários fatores entre os alunos e percebi que:

 

 

  • Algo acontece na pessoa quando ela corre sozinha. Algo a mais acontece com ela mesma quando corre acompanhada. Algo acontece, além disso, quando corre ao lado de um professor.

  • A reunião desses fatores influencia no rendimento pessoal do participante que corre, seja ele aluno de um clube ou academia, seja ele inscrito em uma corrida qualquer

  • A sensação é que as horas passam mais rápido, o tempo anda mais depressa e os obstáculos ora vistos como instransponíveis, agora, com companhia, são raramente vistos. Digo isso como “raramente”, pois sempre tem um obstáculo ou dificuldade em comum e que a dupla ou trio ou quarteto acabam tendo essa sensação em comum.

  •  Quando se faz parte de uma equipe de corrida, algumas pessoas se simpatizam com outras, como duplas, trios, quartetos, quintetos, sextetos inseparáveis, que como “unha e carne” não podem se separar. Separando-se, faz falta, perde o gosto, a cor, as sensações de aventuras e até mesmo os sentimentos compartilhados quando no meio da corrida acontece alguma coisa nova nunca vista antes. Exemplo: quando eu corro, além das montanhas, vejo animais que nunca foram vistos pelas pessoas da cidade grande; e quando eu falo deles e que eles habitam em tais lugares os ouvintes se espantam.

 

 

 

 

As sensações são inúmeras e folhas de papéis não serão suficientes para descrever todas, mas um bom exemplo é a São Silvestre. Imagine um quinteto correndo na São Silvestre, que na verdade deveria ser um sexteto. De repente aparece fantasiado ao seu lado esquerdo o “Homem de Ferro”, um dos grandes sucessos dos fantasiados nesta corrida. A pessoa que não foi ficaria muito feliz ao ver uma cena como esta, raríssima e que provavelmente terá que esperar um bom tempo para rever isto de novo, ou nunca mais veria.

 

 

 

As rodas de conversa somam o útil ao agradável. A pessoa tem uma sensação ou gosto por correr muitas vezes sozinha. A mesma pessoa tem outra sensação ou gosto por correr com alguém do lado, ou em grupo, e assim formam-se possibilidades incríveis de como é divertido – além de trazer benefícios para a saúde corporal – correr; mas não só correr: Correr em grupo.

 

 

 

Retirar a pessoa amada da cama, incentivar o filho mais velho ou o mais novo ou o único, levar a sua avó para aproveitar ainda mais o tempo de vida, ver um deficiente subir uma rua que você dizia que nunca subiria, faz da corrida de rua – individual ou em grupo – ser o exercício físico/ modalidade esportiva mais legal que existe, além de ser saudável, é de modalidade milenar, abrangente, empolgante, integradora, inspiradora, espetacular, popular, tradicional, televisionada e olímpica.

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