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Quenianos

 

 

 

Iniciando

 

Bênção divina, doping, extra terrestres, altitude, atitude, genética, empenho extremo, tradição, fanatismo, superação, busca de condições humanas melhores.

 

São inúmeras as hipóteses que "dão" razões do porquê quenianos, etípoes, uganeses, somales e tanzanianos são exímios praticantes de corrida e maratona ao longo dos séculos.

 

Acabo de quebrar então, Em muitos leitores mais um paradigma ou suposto preconceito: todos que ganham as grandes corridas em São Paulo ou no Rio são todos quenianos. Mentira.

 

 

 

 

Todos vem, tecnicamente, de uma mesma região? Pelo mapa mundi, confirmo que SIM. Ok, vamos a ele ao lado, depois volto no texto principal.

 

 

 

 

 

 

 

 Declarada berço da humanidade por meio de númeras evidencias científicas, que originaram em documentários, seriados, pesquisas caríssimas, mistérios e inspiração em filmes, a África tem muito ainda a explorar, no sentido científico para o aprendizado. Infelizmente já houve explorações negativas passadas, além de muitos problemas. E mesmo assim o povo africano não perde seu carisma. Um diferencial a ser inspirado na luta diária do brasileiro. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os praticantes dos países que me referi acima, estão nesta região. 

 

Melhor que um professor de educação física é um professor de geografia, que conheça o local e saiba dizer se há alguma relação geográfica entre estes países em destaque. Porém excelentes atletas fora desta região, como aqui no Brasil se destacaram, confirmando que o terreno faz parte sim apenas de um processo de formação do atleta, não de todo. 

 

 

A maratona da edição das Olimpíadas de 2012 foi vencida por um atleta de Uganda. Participações de atletas tanzanianos na corrida da Longevidade e da Integração em Campinas (2009) já estiveram presentes em pódios. Pouco se fala dos atletas da Somália, embora tenham poucas participações deles. Por tradição de quase cem anos, corredores do Quênia e principalmente da Etiópia tem fortes ligações entre eles com a corrida. 

 

 

 

 

Epigenética

 

Em resumo, é um termo que está ACIMA da genética. O gene, formado, com as características do feto, carrega todos os códigos do pai, mãe e antepassados. "Epi": meio, local, ambiente, fator exterior; "genética", gene.

 

Estudos de 10 anos para cá revelam que pode ocorrer no DNA uma ALTERAÇÃO nesta seqüência, mas não na FUNÇÃO FINAL deste gene. 

 

Numa busca rápida em sites de publicações médicas por exemplo, há entre 50 a 41569 resultados diferentes, sob artigos escritos dizendo que o MEIO altera este gene, consegue fazer uma função que se chama METILAR/METILAÇÃO de DNA. 

 

O desafio para a ciência é saber EM QUE MOMENTO esta metilação é benéfica ou prejudicial para O FETO em formação OU o ser humano que acabou de mudar seu estilo de vida. 

 

Os interessados podem pesquisar sobre EPIGENÉTICA nos sites PubMed, Bireme e BVS. Evite entrar em qualquer site que não seja da área da saúde ou que falte credibilidade o suficiente no texto, evitando achismos. 

 

 

 

Exemplos

 

 

Direto ao assunto, a CORRIDA no QUÊNIA é a mesma coisa que o FUTEBOL no BRASIL, o BASQUETE nos EUA e o KUNG-FU na CHINA.

 

Crianças, jovens e idosos praticam, nestes países, o mesmo esporte por toda a vida e não se cansam jamais. 

 

 

Ainda que toda pessoa, nascida neste país, geneticamente falando não tenha pré-disposição nenhuma na prática daquele esporte, sendo "taxada" de ruim, só de morar naquele país e que por insistência é colocado na vida dos habitantes, DE ALGUMA FORMA esta pessoa, acaba melhorando. Portanto, o MEIO em que ela vive MODIFICOU para MELHOR seu DNA. 

 

 

 

 

 

 

 

Posso deduzir então que, por anos e anos, os praticantes de corrida e maratona desta região, tinham uma pré-disposição a CORRER, porém o MEIO em que estavam inseridos AJUDOU, de alguma forma, no ALCANCE que eles tem hoje. O alcance é o sucesso em quase todas as corridas que fazem, entre pódios e quebra de recordes.

 

 

 

 

 

 

 

Do mesmo jeito que o Futebol no Brasil é "paixão", a corrida no Quênia é lá.  E em qualquer condição é feita. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Kung-Fu na China está extremamente ligado a disciplina, raciocínio lógico, honra, respeito, dedicacão extrema ao mestre e isto é passado de geração em geração, se tornando cultural e fortalecendo as doutrinas da região. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Meu ponto de vista

 

 

A piada de mau gosto feita por alguém de um jornalismo esportivo - não lembro quem - a uns 5 anos atrás e que tomou força não se sabe o motivo, de que os quenianos correm de leão para serem melhores atletas, dando até mesmo a idéia de que passam fome o dia inteiro é pura mentira. Não passa de pura ignorância e os quenianos que moram aqui no Brasil (Taubaté/SP - Nova Santa Bárbara /PR) não devem gostar muito destas piadas de mau gosto. Coisas que a ética profissional evitaria. 

 

 

O treinamento, alimentação e descanso é um perfeito triângulo. A dedicação, o esforço, vontade são notórios. Os protocolos de treinamento são pesados demais para alguns brasileiros que não estão acostumados com o volume, sugerindo até 2 corridas no mesmo dia. Eu mesmo já fiz isto várias vezes, atualmente não estou praticando mas a sensação é maravilhosa. 

 

 

Há grandes controvérsias entre treinadores que afirmam ser exagerados demais estes protocolos, porém as variações, velocidade, jeito de correr, ritmo e outros aspectos são qualidades totalmente diferentes de uma corrida normal. Neste nível de treinamento erros "bobos" não poderão ser corrigidos, por exemplo a pessoa praticante de corrida há mais ou menos 2 anos ainda não conseguir acertar a passada SEM LESÃO. Como irá administrar o fartleck, que é regrado? Ou os tiros de 400 metros? 

 

Isto sugere que neste rendimento a pessoa tenha o mínimo de treinamento e autocontrole possível para iniciar neste processo. Porém não é somente este fator, são muitos. Por exemplo, O descanso entre as corridas sugere DESCANSO. Uma vida agitada ou estressante foge totalmente do OBJETIVO do treinamento, comprometerá toda a prescrição.

 

 

Eu, como atleta, antes de me formar questionei em muitos momentos sobre alguns protocolos exigidos por meu antigo mestre. Porém vejo também outros iguais a mim que também se superaram, com os mesmos protocolos. Muitos fatores tem que ser estudados com calma porque há muitas variáveis. Quenianos tem sim uma vantagem genética, assim como todo ser humano. O que o treinamento faz? O que a INSISTÊNCIA no treinamento faz? O que a DEDICAÇÃO nesta INSISTÊNCIA no treinamento faz? Sou prova dos troféus que tive com as orientações em 2012.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para encerrar meu ponto de vista, sendo professor de educação física escolar, entendo o que o futebol exerce uma função exagerada na cabeça dos estudantes - pelo menos na rede pública estadual onde atuo - que só pensam nesta modalidade na escola, enquanto que o basquete está "morrendo" e o atletismo esquecido. Critico as políticas públicas quanto a distribuição de renda entre os esportes não ser igual, e faço de tudo para que as aulas não sejam mais um dia de "rola bola". Pior são os meninos donos da quadra e as meninas sentadas, hoje no celular. Antigamente fazendo unhas. 

 

Creio que em outros países as modalidades esportivas variadas são sim praticadas porque comprova-se o quão bons saem atletas das escolas. Uma coisa chamada respeito para com o professor é uma coisa a ponderar na escola. 

 

 

 

 

Encerrando

 

 

 

Por eu mesmo ter treinado com eles, visto de perto a dedicação de todos os dias, incansavelmente, superando até a mim mesmo em termos de insistência, é que os quenianos, e todos os envolvidos, merecem tais premiações. Treinamento, disciplina, dedicação. Nada mais.

 

 

 

 

Ao mesmo tempo que o país deles, por longos anos, incentiva o esporte do jeito que dá. Sabendo que o medalhista olímpico do país vizinho fez a prova descalço e desejando que seu país seja sempre campeão na modalidade não é de esperar menos que todos os corredores de lá sejam melhores. 

 

Sim, há muitas coisas em jogo, em conflito todos os dias. Sugerindo que devemos escolher melhor as nossas decisões. Como brasileiro, a missão como atleta é todos os dias se dedicar ao máximo no que faz, porém a de todo brasileiro é ser patriota o bastante para escolher seus governantes de maneira que "extremos e pontes" não sejam construidos, dividindo povos e opiniões, cada um levando sua bandeira para algum lugar desconhecido. Com isso as condições de todos os atletas vão melhorar, deixando de estar a anos luz de diferença dos estrangeiros. 

 

 

 

Com o pouco apoio do governo de lá, porque não se tem muito, e eles fazem isso, que recursos nós temos? Muito mais.

 

Então o problema está aonde? 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Artigos relacionados referente a epigenética

 

Determinantes genéticos de exercício voluntário

A six months exercise intervention influences the genome-wide DNA ...

 

 

 

Agradeço a atenção.

Aberto a questionamentos.

Vida longa para todos!

 

 

 

 

 

 

 

disponível também no Blogger: [28º Artigo; confira]

Avanços na educação estadunidense sugerem que teste sanguíneo de cada aluno vá para um banco de dados, e lá descobre-se o que é, no esporte, bom para ele, se são esportes de força ou de resistência, para não ocorrer PERDA DE TEMPO com treinamentos dos quais NÃO IRÃO se adaptar. Estes testes identificam pessoas com propriedades geneticas  conhecida como "II" e "DD". Pessoas "II" são propensas a serem esportistas de longa duração, como os maratonistas e "DD" são propensas a praticarem exercícios de força e hipertrofia. As hipóteses de ocorrer "ID" ou "DI" são comuns, porém o ser humano que for o contrário desta genética mas pratica o exercício do qual não se adaptaria com facilidade, por INSISTÊNCIA ele se adapta, mostrando que o corpo se ADAPTA as condições impostas. 

 

 

 

Os interessados em estudar sobre "II" e "DD" pesquisem nos mesmos sites médico-esportivos acima.

O atleta Abebe Bikila foi medalhista olimpico  - 1960-1964 - mesmo correndo descalço. Sua declaração com certeza empolga os etíopes, que, de alguma forma, vêem nele um ídolo ou um exemplo. Mas de toda forma há uma esperança COMPROVADA de que todo objetivo possa ser alcançado. 

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