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Canelite
A tíbia, osso da canela, segundo maior osso do corpo, é articulada com a patela e a fíbula, fornecendo o sistema locomotor básico do ser humano. No EXERCÍCIO ou no DIA A DIA , Quando ocorrem alterações por inúmeros motivos nesse sistema LOCOMOTOR, a parte mais sensível ou o “meio” da canela irá sofrer na forma de dor local, grande incômodo local, stress e até rupturas, conhecida como CANELITE.
Causa
Musculatura fraca. Os músculos da perna: fibular longo, curto, tibial anterior; e panturrilha: tríceps sural (tendão de Aquiles, gastrocnêmio e sóleo), podem NÃO ESTAR FORTES O SUFICIENTE para aquele ritmo de corrida que a pessoa faz.
Possivelmente não estão aguentando a rigidez do terreno.
Possivelmente o calçado já perdeu sua propriedade de amortecimento.
Possivelmente a forma de como a pessoa está correndo não é a “adequada” para ela, por inúmeros motivos.
Possivelmente seja genético.
Tratamento
O Exercício Físico indicado para o FORTALECIMENTO da musculatura envolvida NA CORRIDA é a MUSCULAÇÃO. Os músculos envolvidos serão a PANTURRILHA, onde; funcionando como um “segundo coração”, consegue segurar grande parte do impacto gerado no exercício. Considero o músculo mais forte do corpo, pois te sustenta por toda a vida independente do jeito que você anda/corre!
Outros exercícios resistidos que foquem na panturrilha buscando fortalecimento são válidos; a pessoa não deve se sentir presa indiretamente a um tipo de exercício para se livrar do problema.
O fato da pessoa com canelite alternar o terreno para ESTIMULAR a força nos músculos envolvidos, FUGINDO da rigidez do terreno é uma alternativa para que este problema NÃO APAREÇA novamente. Musculatura mais forte induz a redução de problemas.
O fato da pessoa TROCAR seu tênis no EXERCÍCIO induz esta mesma musculatura da perna a trabalhar MAIS, porque com uma “sensação” com um tênis é uma reação; com dois é outra. Trocando em definitivo um par de tênis quando o mesmo perdeu suas funções induz a musculatura a se comportar NOVAMENTE para melhor. Preocupo-me com a FUNÇÃO MOTORA ao invés só do aspecto hipertrofia muscular na região envolvida.
O fato da pessoa NÃO ESTAR CORRENDO ADEQUADAMENTE sugere que a mesma corre de qualquer jeito e que ainda não passou por um avaliador externo e experiente neste assunto. O mesmo dirá se a simetria de braço, tronco, o jeito que se pisa no chão, o som do chão, sua respiração, seu peso, ritmo (velocidade para mais ou para menos) e até a cabeça baixa induzem ao surgimento do problema. A má postura induz a um esforço a mais na perna, que irá compensar em algum lugar para a pessoa não cair. E como a sinapse do sistema locomotor é muito rápida; é um segundo dividido por mil; essa adaptação é despercebida no momento, o problema é a continuidade do exercício com essa compensação “errada”. Do mesmo raciocínio da frase “água mole e pedra dura”; para a pessoa não cair, a musculatura envolvida na corrida faz outras contrações e compensações “fora do previsto”. A canelite vem da musculatura FRACA da perna devido a ESTA MÁ POSTURA e dos fatores acima, afetando a tíbia.
Caso a musculatura da perna fosse forte, o problema seria em outro local.
Crioterapia (tratamento com gelo e aplicações intervaladas), repouso prolongado, troca/ alternância de tênis, alongamento e a combinação destas quatro soluções sugerem a melhora e o desaparecimento do problema. Neste parágrafo estou indo direto ao assunto pois na época sarei deste mesmo problema embora eu corresse de ki-chute.
O fato do problema ser supostamente genético não impede a pessoa a praticar exercícios. Algo conhecido como FENÓTIPO (o meio interfere no gene) pode mudar para melhor sua postura na vida diária e no exercício, e por consequência a vida do praticante de corrida que tenha, provavelmente, este problema por genética. Casos raríssimos de se ver, porém não é desanimador. Do mesmo jeito que exercícios físicos e fortalecimento auxiliam no tratamento contra a canelite, eles podem fazer com que ocorra o RETARDO do problema, por mais grave que ele aparenta ser. Em outras palavras: na hipótese de “x” pessoas na mesma família, tiveram canelite em menos de dez anos e “não tem jeito”, porque eu também teria, sendo que o exercício RETARDA a progressão do problema?
Outras informações
Em caso de resistência por parte da pessoa, a dor passa a ser suportável para não suportável. Evoluindo para um nível estressante que nem os anti-inflamatorios resolverão. Em outros casos a ruptura e a fratura expostas são possíveis, e ultimamente estão deixando de ser “raros”.
Por isso que outra frase conhecida como “a dor é um alerta do corpo” não é simplesmente algo a ignorar; embora nem toda dor seja tecnicamente um alerta. O que está em jogo é o tempo que essa dor não passa.
Pesquisas e Conselhos
Ø Após iniciar uma espécie de “busca” em todas as informações possíveis sobre canelite, reúno as referencias, num espaço de 5 anos, onde as informações mais se repetem: causa, tratamento, prevenção.
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/canelite
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canelite
http://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/saude/6-maneiras-de-prevenir-a-canelite/
Apenas uma referência cita a provável causa crônica de quem continuar a ignorar o problema e não tratar:
Ø Num grupo no facebook, escrevi um conselho para uma participante que “puxou assunto” sobre outra coisa relativa mas “captei” a idéia:
“...para a autora do post:
se você tem MENOS DE 8 MESES DE PRÁTICAS DE CORRIDA, é possível que os músculos da perna AINDA não aguentem a força que é aplicada nelas toda vez que acontece "troca de velocidades".
Treino intervalado serve para melhorar não só o condicionamento respiratório como a velocidade por si só.
Por hora só faça a corrida num ritmo só. Quanto a suposta dor na perna, há uma possibilidade de ser um simples desconforto devido as trocas de velocidade ou canelite.
Em todo caso, descanse. Veja o intervalo entre uma corrida e outra, quando "parar" totalmente de doer ou estiver descansada, volte ao exercício.
Faz isso, depois me fala...”
O condicionamento físico desta participante mudou para melhor.
Ø Mesmo que o tênis seja minimalista ou o recém-lançado com 5 amortecedores com molas de aço, a forma de como a pessoa corre induz a melhora ou piora do sistema locomotor de agir, numa fração de segundos. Normalmente a má postura vêm de musculaturas fracas por falta de fortalecimento E troca de tênis. Exercícios antes, pós, e em dias alternados nas corridas prometem este melhor condicionamento, seja o praticante iniciante, doente, assíduo ou atleta.
Encerrando
Confira o mesmo texto de minha autoria no site da Seconds Eventos.
Aqueles que tem estes problemas, que meu desejo é que se libertem dele, e que seu testemunho de sucesso no tratamento se propague "com o vento"!
Agradeço a atenção.
Aberto a questionamentos.
Vida longa para todos!
Pablo Antônio Gomes dos Santos
professor de educação física, atleta, ultramaratonista, ex-militar, pós graduando, preparador físico, blogueiro.
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