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Sinopse

 

Em 2013, não lembro o mês, depois de entender que GPS + paint + trajeto podem supostamente montar trajetos de qualquer perímetro, queria eu montar o projeto da Maratona de Campinas do mesmo jeito que é em São Paulo. De cabeça sei quais ruas seriam seus trajetos e os planos de ação para melhorar o trânsito. E só se pode reduzí-lo com uma campanha extremamente forte em que moradores dentro e fora da cidade entendam que ali naquele pedaço interditado, uma vez por ano, há um evento esportivo. Por isso justifica tamanha importância de RESPEITAR A CONTAGEM do evento conforme os anos. Agora que ela existe, continuarei com este projeto antigo e quem sabe eu o apresente. 

 

Inciando depoimento

Desse jeito não dá mais. 

Na pós graduação, aprendi uma coisa espetacular, porém assustadora.

 

"Quando a pessoa corre demais, ou além da conta, o sistema renal faz a filtração do sangue de outra forma, controlando o CO² do corpo. Quando não dá conta de expusá-lo do corpo, o humano solta um cheiro estranho, mas não é o de céulas mortas. é outro. São "ácidos aromáticos". Perigosos. Deve-se evitar o esforço extremo ou diminuir o ritmo. Senão, o pior vai acontecer num futuro próximo, uma série de complicações que poderiam ser evitadas. Não é drama, é simplesmemte estudar sobre o assunto".

 

Agora entendo porque eu cheirava mal em muitos momentos de treinamentos e nas provas. E da demora das dores musculares em passar.  Reflexo de EXCESSO de treinamento COMPARADO à FALTA DE NUTRIÇÃO. 

 

Praticamente faz 2 anos e meio que não sentia estes cheiros antes. Indicava que meu treinamento estava bom o suficiente e mesmo com algumas dificuldades eu admnistrava. Nem correndo com o ferro, 42 de Ubatuba, e algumas provas no ano passado inteiro tive problemas. 

 

 

Agora é diferente. 

 

A panturrilha reclama até agora, na terceira volta comecei a sentir os cheiros, a urina saiu escura e esbranquiçada, me fazendo lembrar dos dias que eu corria sem orientação alguma.

 

O que está ocorrendo hoje? Não estou tendo o que preciso ter para continuar como atleta. 

 

Sem emprego fixo; sem telefone, tomei calote num personal; empresas da capital me contratariam mas enrolaram 4 vezes a data, dois grupos de corrida não deram certo; uma academia em Americana não quer pagar o vale transporte; o sindicato do call center "cagou" para minhas idéias. 

 

Com isso vou a cidade a pé; há 3 meses e meio não treino em Joaquim Egídio e os motoristas de lá não dão carona; o básico de alimentação está faltando

 

Esperava eu que, construindo um site; com 62 textos de atividades físicas, 100 conselhos de corrida, 126 frases de motivação e auto-ajuda, 60 vídeos no youtube fariam com que eu tivesse algum trabalho remunerado para este ano. 

 

Não tive. Não foram divulgados. É como se eu falasse com as paredes. 9 meses se passaram desde o início destas idéias. 

 

Não dá pra ser atleta deste jeito. Não posso fazer minha mãe, que é hipertensa, se matar nas diárias para ter o que precisamos. 

 

Tentarei não faltar na pós graduação onde consegui bolsa. Pago $62,60 por uma viagem pra SP todo fim de semana. Pra baratear vou até Jundiaí pra pagar ao todo 32,65, daí são 4 horas de viagem, um ônibus e 4 trens. Levanto às 4 da manhã pra isso. 

 

 

É triste. Terei que dar um tempo. Ou eu tenho condições de continuar ou não dá. Ou é ou não é.

Tive medo que esse dia chegaria. Chegou. 

Não sei se volto a correr esse ano. 

 

Já expliquei ao líder do grupo que ficarei ausente até a situação melhorar. 

A demora em conseguir um apoio concreto, até o fim de um ano ou período, me prejudicou. Antes tirava dinheiro do meu bolso, hoje não mais. Terei que ser forte para suportar essa suposta crise. 

 

 

Isso é tudo. 

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